Ela era minha, mas ai eu a machuquei

— Cara quem é aquela?
Apontaram para uma menina de cabelos castanhos, de costa, pequena e do sorriso encantador. A minha primeira reação foi sentir o coração apertar, as lágrimas quase saírem.
(Aquela era a garota que me fazia sorrir, que trocava os fins de semana mesmo que eu dissesse pode ir ficar com as suas amigas fazia aquela cara de teimosa e me abraçava. E porra, que abraço bom. Dava uma sensação estranha no corpo e eu passei a querer ficar todos os dias com ela. Ela se tornou quem eu tinha coragem de dizer as coisas, ela cuidava de mim e eu cuidava dela como eu nunca me importei cuidar de nada. Era tão fofinha como me chamava de meu amor. Tinha aquelas bochechas rosadas que eu queria morder todas as horas. Odiava a idéia de não poder dormir com ela um dia sequer. Mas aí veio as brigas. Eu a machuquei não uma ou duas vezes, machuquei-a a ponto dela chorar no telefone comigo e eu não dizer nada. Depois de um tempo ela começou se afastar ela já não sorria mais comigo como ela costumava sorrir, eu comecei sentir falta da presença dela, parecia que ela estava lá sendo forçada a estar. E a minha menina se tornou outra pessoa. Culpa minha. E eu sei, cansei de ouvir: Você nunca vai encontrar alguém como ela. E a verdade é que não vou mesmo. Não vou encontrar alguém que me deixe assim estagnado, que me conheça, saiba de todas as minhas burrices como ela. Me conhecia como a palma da mão, e eu queria ficar com ela para sempre, esse era o plano desde o começo. Agora olha ela lá, o bom que tirei disso tudo é que ela está feliz se divertindo e eu com essa cara de pateta a observando. Você estava linda, pra variar. Tava com o vestido de quando eu te conheci, foi no dia em que me dei por apaixonado. Aquela garota. Velho, aquela é a minha menina.) — Não sei. Melissa Sayuri