sexta-feira, janeiro 13, 2012

A garota que aprendeu a ser forte




















Ela gostava dele, passou a amá-lo, se entregou e foi profundamente ferida. Para ela, não adiantava mais ficar aqui, esperando que a dor passasse, ela tinha que fazer algo. Durante meses ela tentava encontrar alguém que a fizesse bem como ele a fez, mas não achou ninguém. Hoje, sentada na mesa, com uma caneta na mão, papéis amassados espalhados pelo seu quarto, ela chora, e pensa em como dará a notícia a sua família. Depois de muito tempo pensando, ela começou a escrever. “Aqui estou eu, me despedindo de vocês. Não posso mais ficar aqui sofrendo como uma idiota. Eu não sorrio há meses, parei de comer, parei de ouvir música, nunca mais tive sonhos bons, nenhum dos meus amigos quer sair comigo, eu não tenho mais vida, eu apenas existo. De que adianta existir se eu não vivo? Pai, obrigada por me defender e me mostrar que os perdedores não são aqueles que perdem, e sim aqueles que não correm atrás. Mãe, obrigada por me mostrar como é o mundo lá fora e não me prender, deixar eu aprender com os meus erros. Vovó, obrigada por me mostrar o que é ser forte e como ser. Vovô, obrigada por me ajudar a vencer os obstáculos da vida e me ensinar a crescer mais e mais como pessoa. Tio Michael, obrigada por me ensinar desde pequenininha que ganhar ou perder tanto faz, o importante é competir. Hoje, eu estou indo embora, mas deixou essa carta como ultima lembrança e agradecimento. Sei que não costumo dizer isso, mas eu amo vocês”. A menina dobrou a carta e colocou debaixo de seu travesseiro. Mas desistiu do suicídio, pois percebeu que ela estava cheia de gente que a amava e que a ensinara a ser uma pessoa grande. Não vale a pena dar a vida por alguém que a magoou, mas sim, por alguém que a deu lições, que a ama e que sempre esteve ao seu lado. Ela rasgou a carta que tinha feito, e continuou a vida. Ela ainda sofria, mas era forte. Átaly

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